sábado, 26 de setembro de 2020

Os corvos não dão trégua
E querelam, negros.
De súbito, num país de chuva,
De árvores descarnadas,
Um canto diz onde está o céu.
Todos o procuram debicando a terra,
Mas ei-lo, imerso no ar de alumínio.
Num país de corvos
A única riqueza
É ouvir um melro.

Nuno Rocha Morais

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