De números de telefone
que já não existem,
Náufragos sem nome e
sem substância,
Dessorados por anos de
mar,
Trazidos por uma maré
inútil.
De nada serve esta
trama frágil,
Que nos une a outras
vidas.
A voz é mais funâmbula
do que nunca
Nessas noites em que se
repara num nome,
Que
adquire um halo, intensidade,
Movimento súbito, velocidade
Em
águas algures paradas,
Um
acesso súbito de vida,
Logo estancado por um número sem saída.
Logo estancado por um número sem saída.
Nuno Rocha Morais