Lá
fora, o enredo violento
Da chuva e do vento,
Como sílabas furiosas
De uma história de
amor.
Cá dentro, tilinta a
substância
De copos e risos e uma
alegria
Quase compulsiva,
Esta vontade de
inventar estrelas,
Perguntam-me por ti,
Incessantemente, em
revoadas,
Perguntam-me por ti,
perguntam,
Perguntam e eu não sei
E apercebo-me do súbito
silêncio
Dentro de mim
Numa noite de Natal.