Ecoam os tambores dos planetas
No firmamento que emergiu
Da profunda vontade e sacrifício.
Em exóticas árvores, os frutos
Pairam puros, mais claros e mais
límpidos.
Afogam-se de tribo em tribo as
lanças
Não na pele – no peso de outros tempos,
Cujas águas translúcidas revelam
Corpos negros que dançam como
irmãos.
O ódio guerreiro jaz sepulto no
ar
Onde, alados e soltos, sobem
cânticos.
O fragor da batalha é agora
abraço.
Da lonjura dos tempos e dos
homens
As antigas deidades são chamadas,
Oprimidas em peitos oprimidos,
Pés delirantes chamam a nova
África.
Mãos que outrora empunharam armas
e ódios
Clamam a Phenix Africana e a
Foice.
Nuno Rocha Morais (poemas sociais)
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