Se temos que morrer, que nunca seja ocultos,
Vendo a sombra da morte na sombra dos vultos,
Jazendo entre as paredes doentias do medo,
De nós, escorraçados por nós mesmos,
Vencidos, conformados – jogados, perdidos –
Humilhados no orgulho de quem nos humilha.
Se temos de morrer, vençamos a matilha:
Se temos de morrer, seja escolhida
A morte que mais honre a nossa vida.
Desta tenhamos feito a nobre luta
De ser, não menos curta, mas mais justa.
Se temos de morrer, assim morramos:
Sem suspirar sequer, como alguém que não pede.
Sem suspirar sequer, como alguém que não pede.
Nuno Rocha Morais (Poemas Sociais)
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