A Garcia Lorca
Falavam-te da morte e vias os outros morrer,
Mas pensaste que a terra não teria força
Para apagar o viço da tua vida.
Nos teus poemas, a Espanha era sol
E era oliveiras e laranjas e manhãs morenas
E raparigas de risos rútilos.
Mas, depois, o sangue ancorou e ancorou no teu nome –
Foi o silêncio que entrou em ti
Na forma de um corpo caído.
É o teu nome que vela,
O nome ao qual ainda regressas,
Como se nunca tivesses morrido:
Cada vez que uma voz vibra
Um verso teu, entras
No teu nome jamais derramado.
Nuno Rocha Morais (Galeria)
Falavam-te da morte e vias os outros morrer,
Mas pensaste que a terra não teria força
Para apagar o viço da tua vida.
Nos teus poemas, a Espanha era sol
E era oliveiras e laranjas e manhãs morenas
E raparigas de risos rútilos.
Mas, depois, o sangue ancorou e ancorou no teu nome –
Foi o silêncio que entrou em ti
Na forma de um corpo caído.
É o teu nome que vela,
O nome ao qual ainda regressas,
Como se nunca tivesses morrido:
Cada vez que uma voz vibra
Um verso teu, entras
No teu nome jamais derramado.
Nuno Rocha Morais (Galeria)
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