O céu começa a ceder, a dar sinais de putrefacção,
Vem mostrar os seus estigmas,
Um amor que se estende, vazio
Sobre a terra.
E há manchas avermelhadas,
Iniciou-se o derrame de outro mundo
E de outro tempo.
Em breve este céu irá quebrar,
Despedaçar-se algures.
Depois, não haverá sol, luz,
Frágeis como fósforos,
Por fim batidos pela esmagadora
Superioridade numérica e de massa
De nuvens e invernos.
Por fim, o inverno de calor sufocante sujeitará
Céu e terra aos seus ditames.
A última palavra será oferecida
A uma estrela cadente,
Que não a aceitará.
A última palavra pertencerá,
Claro, à podridão.
Nuno Rocha Morais
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