domingo, 15 de janeiro de 2023

Vou acabar de depor o teu corpo
Num país de nuvens.

Vieste tão alta de tão alto

Que só aí poderás pousar a cabeça

Sem sobressalto,

No repouso que escolheres

E onde nada do vento te mude.

Aí serás irrefutavelmente livre.

Depois, vou levar o teu coração às águas

Para que as constelações o venham buscar.


Nuno Rocha Morais
 

Sem comentários:

Enviar um comentário

As contracções, A ira de Deus, O sangue da maçã mordida, A serpente enroscada No pescoço que aperta E aperta, A fractura da identidade, A de...