quarta-feira, 4 de janeiro de 2023


Madrugada segredo sebastianista:

A bruma desce sobre as coisas quase asma,

Erguendo na visão de todas um fantasma,

Na bruma, tudo é sombra e tudo dista.

 

Paira um frio metálico e o vento é embotado,

Os espaços tornaram-se breves e lassos

E as distâncias na bruma têm curtos braços.

Neste silêncio quem vive? Aliado ou inimigo?


O que há, doce calma ou ameaça?

Dentro do movimento, nada mexe ou passa,

Tudo está como quedo em ser incerto.

 

O que se vê no céu? São aves ou instantes?

Serão dessas vidas as mortes rasantes?

Na bruma, nunca estou de quem sou perto.


Nuno Rocha Morais

Sem comentários:

Enviar um comentário

Não quer nada cada um dos meus versos Às vezes, alíseos, Outras, fantasiosas paisagens, Outras ainda resumos de pedras. Cada um dos meus ver...