domingo, 8 de janeiro de 2023

Três anos são uma casa de barro,

Sobre a qual se abatem iras

De chuva e canícula

Uma espécie de mal punindo

Uma fragilidade ridícula,

A do barro, e quando a casa

Quisemos de pedra,

Gritaste e caiu o relâmpago

E acordei ao relento

De um coraçãozinho trágico,

Sempre em queda,

Mesmo se em repouso,

Comportando-se como chama

                       Muito antes do fogo.


Nuno Rocha Morais
 

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