terça-feira, 24 de maio de 2022

Nunca a paz

Em que os gestos são tempos estrangulados.

 

Nunca se extingam as conjuras,

O perigo, os inimigos;

A súplica que é o ódio,

Nunca a paz com ninguém,

Gritos desmembrados, sangue,

Dores pendulares,

Nunca a paz serena,

De rosto branco e inertes horas.

 

Nunca a paz de haste morta,

Para que de raiva

A vida espume vida.

 

Nuno Rocha Morais


Sem comentários:

Enviar um comentário

As contracções, A ira de Deus, O sangue da maçã mordida, A serpente enroscada No pescoço que aperta E aperta, A fractura da identidade, A de...