Um rio que é ar
Entre os lábios das margens;
Uma ponte sóbria, certa, segura;
O meu corpo inclina-se ao passo:
Atravesso a ponte?
Além continua o meu destino?
À luz silenciosa
Á brisa que inventaria as folhas,
Diante da rumorosa docilidade da água,
Sente-se a presença sem sombra
Da ilusão.
Mas o que é que a ilusão sustenta:
A outra margem,
O convite da ponte
Ou a minha inclinação para o passo?
Nuno Rocha Morais
Sem comentários:
Enviar um comentário