Palavras esburacadas por nelas cavar metáforas.
Cá venho para encontrar nas palavras
O teu corpo, e nele, reunir o teu nome,
Esse brilho ou fulgor imarcescível.
Venho em busca de uma enseada de silêncio.
Cá venho, para acalmar os teus olhos,
Encapelados de terra,
Cá venho, para apaziguar o mar e a noite,
Para fazer do sal um tapete
Onde o amor não transborde.
Cá venho, com o erotismo que pula
De poema em poema, fogo latente.
Nuno Rocha Morais
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