sábado, 15 de agosto de 2020

A água corre, consoladora,
E o vento, e a linha
Dos dias e das noites.
Nenhuma semente, agora metálica,
Perdeu o acaso
Que serve como destino.
As cidades tiquetaqueteiam,
Cada vez mais velozes,
Mas nada avança
Nesta natureza inútil,
Neste tempo que se recusa
A ser História.
Muda o mundo e ninguém vê
Como, quanto, porquê.

Nuno Rocha Morais

Sem comentários:

Enviar um comentário

Como dói o ignorado humano. Vou, então, procurar Algo semelhante a ternura: O vapor de um chá, A lembrança de um papel antigo no bolso, O qu...