A água corre, consoladora,
E o vento, e a linha
Dos dias e das noites.
Nenhuma semente, agora metálica,
Perdeu o acaso
Que serve como destino.
As cidades tiquetaqueteiam,
Cada vez mais velozes,
Mas nada avança
Nesta natureza inútil,
Neste tempo que se recusa
A ser História.
Muda o mundo e ninguém vê
Como, quanto, porquê.
Nuno Rocha Morais
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