O velho sentado em frente
E espera, espera sempre.
A sua paciência erigiu
Grandes muralhas,
Apertou cercos, venceu inimigos.
E agora espera a sua pérola
Povoada de igrejas e bordéis.
O fato cinzento não esconde
O mandarim.
Não olha em frente, não precisa.
Conhece tudo como seu já.
Às vezes, ri-se baixinho,
Enquanto pesca e espera, paciente.
Espera pescar a ilha em frente.
Espera pescar a ilha em frente.
Nuno Rocha Morais
(Poemas Sociais)
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