A cidade vai crescendo,
Como se criada, emergindo
As casas e as ruas e as gentes
Dos limbos hibernantes da noite.
A liberdade, aqui, não é o vento
Acelerado pelas gaivotas,
Nem tão pouco as águas que findas,
Se transformam, no oceano,
Em tempo sem margens.
Apenas as pedras são livres,
Mudas nos redis das suas histórias,
Tempo sem morte, mas idade,
Eloquência sem palavra.
Nuno Rocha Morais
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