Há momentos que dentro da solidão
Se desejam e se anseiam.
Agora perco este lacustre elitismo,
De vegetal culto, de mui sábio nabo,
De iniciado, pela sabedoria,
Nos mistérios da ignorância,
Na apreensão da inapreensibilidade,
Na nomeação do simples em teias.
Nestas paredes que figuram abismos,
Em cujo epicentro eu me encontro,
Desejo ver familiar serenidade,
Não esta cor vazia e carente,
Mas as sombras criadas
Por um bom fogo burguês na lareira.
Nuno Rocha Morais
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