Que também foi um homem
E que esse sangue lhe trouxe
As imagens mais violentas,
É impossível saber que rosto fita:
Imolação ou redenção?
Talvez aqui se entrelacem
Para o jogo de sombras chinesas.
Não esquecer que foi um homem
E que a laceração da carne
Nunca lhe foi abstracta
Nem, tão pouco, o amor esmagado
Contra as paredes da alma.
Será talvez uma fábula,
Um homem que fala
Por detrás das suas palavras
Quando deveria estar silencioso
No que lhe resta de deus,
Mas fala em vozes sobrepostas
E a bifurcação é o mesmo caminho
Na sua dor em fogo lento.
Nuno Rocha Morais
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