A forma oficia o barro,
É muitos indivíduos informes,
Uma revoada de equívocos
Que não admitem réplica,
Manancial: sou.
Aqui estão coisas que não chegarão a ser,
Tantos e tantos futuros. Seja.
Há talvez um nome que me procura,
Élitro e música que desce
De onde não pode ser ouvida
Para o último seu destino primeiro,
Onde não será ouvida,
Porque o seu verdadeiro destino é este,
A duração, deixando a memória
De uma vibração inscrita no espaço,
No som do tempo e do espaço,
Como a anilha na pata de uma estrela.
O ser estrangeiro é enorme
Dentro de mim, devora-me,
Perde-me: talvez dure,
Não sei, vibre, nome de música própria.
Nuno Rocha Morais
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