O teu corpo é matéria simples
Além do bem e do mal:
E não é o crime que das tuas mãos
Faz quasares.
E não é o teu nome indomável
Uma imprecação ou blasfémia.
E aquilo a que chamam leito envenenado,
A pacificação, o bramir,
Não é a impaciência infernal
Que sobe até às almas e tudo devasta.
Tu não és o grau último da perdição,
Não és o ribombar do apocalipse
Apenas porque o teu corpo é medida humana.
Também os corpos pesam o quilate do amor.
Nuno Rocha Morais
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