Não deportaram as paredes
Só porque não puderam.
Fizeram mal – as portas falam,
As paredes escutam,
Ouvem todos os crimes,
E já nenhum poder está a salvo.
Os telhados têm terrores nocturnos,
As sombras continuam
A ser arrebanhadas,
No esquecimento não cabe
Nem mais uma gota,
Todos os livros queimados
Enegrecem as paredes
Mas o musgo resiste,
Esconde cartas e instantâneos
Algures entre pedras
Mantém um diário.
Nuno Rocha Morais
sábado, 18 de julho de 2020
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Não quer nada cada um dos meus versos Às vezes, alíseos, Outras, fantasiosas paisagens, Outras ainda resumos de pedras. Cada um dos meus ver...
-
Enquanto dura o teu perfume – A silhueta sem objecto, Os contornos da tua ausência, Como se um simples procurar-te Fosse nefasto, tanto como...
-
A incidência Da coincidência O impacto Do acto O certo Do que não ‘stá perto Sol esbatido Por detrás do vidro É quando sou fraco Que procur...
-
Nasço. Não me ergo da mão de Deus Nasço do fundo do sol, Das dobras da terra Dos recantos do céu. Nasço completamente nu, A nudez nua. Será ...
Sem comentários:
Enviar um comentário