O cume da tarde arredonda-se,
Erodido pelo tempo,
E, todavia, os longos comboios
De barrocas e diurnas flores
Cruzam, lentos, as cúpulas,
Espalhando o seu perfume fútil,
Chocando uns com os outros,
Rebentando-se, esvaziando-se –
Secos dedos apontados, corações estáticos.
A Leste, um pulso consome-se,
As veias já são percorridas
Por um sangue arrastado.
Uma palavra apodrece;
Timor - Temor.
Timor - Temor.
Nuno Rocha Morais
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