domingo, 2 de dezembro de 2018

A morte é aquela que mente
Ao estar entre o que és
E o que serás.

O teu futuro
Existe já no teu presente, inviso,
Oculto pela morte. Ela mente.

És já quem serás,
Serás quem és,
Serás quem foste.
Mas a morte mente
Para existir.

Tu crês nela.
E morres. Eu não creio.
Sou tudo o que há em mim
Para ser, o ser tido,
O ser a haver.
Não creio na morte. Tu crês.
Morres.
E eu também. Mas sem morrer.

Nuno Rocha Morais

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