Ao estar entre o que és
E o que serás.
O
teu futuro
Existe já no teu presente,
inviso,
Oculto pela morte. Ela
mente.
És já quem serás,
Serás quem és,
Serás quem foste.
Mas a morte mente
Para existir.
Tu crês nela.
E morres. Eu não creio.
Sou tudo o que há em
mim
Para ser, o ser tido,
O ser a haver.
Não creio na morte. Tu
crês.
Morres.
E eu também. Mas sem
morrer.
Nuno Rocha Morais
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