sábado, 29 de dezembro de 2018

Inexplicavelmente, os anos passam.
Claro que todo o tempo passa,
Revisita bolsas, nichos, lugares comuns –
Amores à imagem do amor,
Mortes renovando a morte,
Como se morte houvesse sempre
E não houvesse nunca.
Claro que todo o tempo
Aleita e envenena,
E talvez todos o sintam como eu:
Jovem e senil, nupcial e funéreo,
Roubando-se de si próprio.


Nuno Rocha Morais

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