Dançam, os teus lábios não dançam,
Como não dançam as tuas mãos,
E, assim, toda te juntas em não dançar,
Um feixe de forças, danças,
Submetido a um bloco que és tu,
Perfeitamente esculpida
Num movimento que só à distância
Se deixa detectar, um andamento
Que não conduz, nem se deixa conduzir –
Tu. Assim é a tua vida, ciosa,
Uma dança apenas subentendida.
Nuno Rocha Morais
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