sábado, 25 de agosto de 2018

Tu não dançarás: os teus olhos  não
Dançam, os teus lábios não dançam,
Como não dançam as tuas mãos,
E, assim, toda te juntas em não dançar,
Um feixe de forças, danças,
Submetido a um bloco que és tu,
Perfeitamente esculpida
Num movimento que só à distância
Se deixa detectar, um andamento
Que não conduz, nem se deixa conduzir –
Tu. Assim é a tua vida, ciosa,
Uma dança apenas subentendida.

 Nuno Rocha Morais

Sem comentários:

Enviar um comentário

Deram-nos uma liberdade de cravos Desenterrada dos mais sombrios tempos – Crónica da memória – Liberdade pisada, amarfanhada Nas profundezas...