domingo, 2 de setembro de 2018

O tempo cresce.
Manhã dentro, o carteiro chega.
Traz algumas folhas verdes,
Contas misturadas com lama,
Chuva embrulhando distâncias.

O carteiro chega,
Às vezes, trazendo pequenas mortes.
Daqueles que cabem em envelopes
Ou as alegrias que palpitam nas páginas
Para logo se agarrarem ao peito.

Chega o carteiro,
Trazendo o nascimento do céu,
O quebrar do caminho...
Mas que chegue sempre o carteiro
Trazendo a vida para dentro dos círculos,
Pequenos e íntimos e narrativos.


Nuno Rocha Morais

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