sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Digo mãe para que o galo
Não cante uma terceira vez
E um abandono me cerque e reclame.
Digo mãe quando uma tristeza
Profunda me sulca,
Faz de mim a sua rota.
Digo mãe para que um tempo
De jardins solares me invada,
Para que um voo seja ateado
Pelas pautas de luz criadas
Pela palavra mãe.
Digo mãe quando procuro
Uma outra leveza.
Digo mãe para que haja
Um país de dunas.

Nuno Rocha Morais

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