Mas transformam-se
E, constantemente,
emergem
Da morte que não
possuem,
Banhados noutras
formas.
Por isso, poderás
negar-me,
Dissolver-me nas
viagens
De pássaros agudos,
Porque eu volto,
Volto com o sol do sul,
Arrastado nas
turbulentas águas
Das migrações,
Volto com o vento
jovem,
Liso e límpido
Que chama Março
Da sua hibernação no
tempo.
Diz folhas, diz dunas,
diz frutos,
O meu nome nasce desses
nomes,
O meu nome tem raízes
nesses nomes,
Diz dedos, diz fragas, diz
águas,
Diz ondulação, diz
chuva, diz curva...
Nuno Rocha Morais
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