domingo, 22 de outubro de 2017


Qualquer coisa basta para nos destruir,
Coisas mínimas, como uma pergunta,
Uma carta que se espera e não veio,
O ângulo em que uma palavra cai sobre nós,
Coisas que tangem os nossos limites
E forçam e rebentam a sua resistência tersa.
Tudo, por muito pequeno ou pouco que seja,
É o bastante para nos destruir.
Não podemos esperar que os nossos limites
Constituam as regras do jogo.
É assim que vivemos,
Continuamente transgredidos.

Nuno Rocha Morais

Sem comentários:

Enviar um comentário

Onde estais versos magníficos, Cantos de fachada belíssima, Naves de silêncio imponente, Palavras que ultrapassam o tempo, Onde estais, que ...