quarta-feira, 1 de novembro de 2017



            Os nossos mortos sabem tudo sobre nós:
Conhecem as nossas palavras, as nossas almas
Por dentro, porque aí vivem,
Conhecem as bolsas de reserva,
As traições e as falsidades,
Conhecem até o que sobre eles
Nunca sentimos ou só começamos a sentir,
E por remorso, demasiado tarde.
Sabem tudo sobre nós, os nossos mortos,
E resta esperar que nos perdoem
O pouco que somos, e tantas vezes falso.

Nuno Rocha Morais

1 comentário:

  1. Belíssimo poema!


    I nostri morti sanno tutto di noi

    I nostri morti sanno tutto di noi:
    Conoscono le nostre parole, le nostre anime
    Nell’intimo, perché lì vivono,
    Conoscono le riserve nascoste,
    I tradimenti e le falsità,
    Conoscono perfino quel che per loro
    Non abbiamo mai provato o abbiamo iniziato a provare,
    E per rimorso, troppo tardi.
    Sanno tutto di noi, i nostri morti,
    E non ci resta che sperare che ci perdonino
    Quel poco che siamo, e tante volte falso.

    ResponderEliminar

Onde estais versos magníficos, Cantos de fachada belíssima, Naves de silêncio imponente, Palavras que ultrapassam o tempo, Onde estais, que ...