Escrevo
contra tudo e contra todos,
Sou
contra o sal e contra o mel
E
persigo-os,
Persigo
lugares para subir
E
infernos para descer,
Escrevo
contra a altura e a profundidade.
Escrevo
contra quem me lê,
Escrevo
contra o que escrevo,
Escrevo
contra a lucidez,
Escrevo
de pulso soltos
E
sou contra os meus pulsos soltos.
Escrevo
pelo bem contra o bem,
Escrevo
o mal contra o mal,
Escrevo
contra o que escrevo,
Escrevo
pela poesia
Escrevo
contra mim e contra as palavras.
Nuno Rocha Morais*(Nuno nasceu a 31/12 e hoje mais do que nunca sinto a sua falta)
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