Saber ténue, ensombrado
Por opaca ignorância,
imensa.
Sei uma face – qual? –
Do outro lado da
palavra,
No outro pólo do silêncio.
Entre nós, a navegação
da página.
Quem és? Quanto porás
de ti
Na arquitectura deste
verso?
Como povoarás as suas
clareiras de sombra?
Quanto de ti
fossilizado neste verso?
Que relevo na tua alma?
Nada me dirás, eu que
para ti
Também não tenho rosto,
Distante, maquinal,
extremo.
Nada me dirás, a mim
Que concentrei esta
palavra
Sonhando-te.
Nuno Rocha Morais
Mais um poema repleto de sutileza e sensibilidade.
ResponderEliminar"Quanto porás de ti na arquitectura deste verso?"
Belíssimo!
Um abraço, Manuela
So di qualcuno lì
So di qualcuno lì,
Sapere tenue, offuscato
Da opaca ignoranza, immensa.
So di una faccia – quale? –
Dall’altro lato della parola,
All’altro polo del silenzio.
Tra noi, la navigazione della pagina.
Chi sei? Quanto di te porrai
Nell’architettura di questo verso?
Come riempirai le sue radure d’ombra?
Quanto di te è fossilizzato in questo verso?
Che risalto ha nella tua anima?
Nulla mi dirai, io che per te
Ugualmente non ho volto,
Distante, meccanico, estremo.
Nulla mi dirai, a me
Che ho concentrato la parola
Sognandoti.
http://www.poesias.omelhordaweb.com.br/pagina_autor.php?cdEscritor=6281&cdPoesia=129627