sábado, 9 de janeiro de 2016


Perguntarás, por certo, quem sou,
Quem fui e eu não saberei responder
Porque me terás esquecido.
Serei identidade dissipada,
O anel incompleto na viagem
Em torno de si mesmo,
Dirás um verso meu,
Dirás que pertence a um poeta morto
Muito antigo,
E eu buscarei nas páginas vivas
De poetas há muito mortos
Esse verso que nunca acharei.
Falar-me-ás da minha morte
Já acontecida.

Nuno Rocha Morais



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