E eram as conchas das
suas mãos.
Não sabia que a escuridão
Denunciava o seu
desvelo.
Ignorei o carpir das
pedras,
Saí indemne para a luz
Ignorando que a sua
alegria
Me recebia, radiosa;
Apenas sentia,
obscuramente,
Que todos os perigos
eram meus aliados,
Que todos os alarmes me
eram fiéis;
Elas intercediam,
secretas e fui hóspede
Das malas-artes da
fadiga extrema
E o vinagre bastou para
me matar a sede.
Eu sabia, de ciência
cega,
Que a força das mães me
erguia
Para o alto, para o
humano,
Sem incomodar os anjos.
Nuno Rocha Morais
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