sexta-feira, 10 de julho de 2015

(Para a S.)

Sempre que me vias,
Eram os teus lábios
Em festa de riso,
Os teus olhos infestados
Por uma alegria verde;
  Era eu a sentir-me grande,
A sentir a unanimidade
De ser inteiramente eu,
Eram as minhas feições calcinadas,
Que adquiriam alígera coloração
De ser eu reconstruído.
Sempre que me vias,
Era eu surpreso pela correspondência
Entre a tua alegria
E a minha imagem.


Nuno Rocha Morais

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