segunda-feira, 6 de julho de 2015

No teatro



A actriz liberta o texto
Que se dirige a eles, no silêncio,
E os rodeia até serem dele cativos.
O texto saberá o momento
Em que goza de entrada franca.
Depois, entra, abre portas na escuridão
E aí deixa palavras, sem nunca as perder,
O texto que agora, no silêncio,
Regressa à actriz e cuja voz ouvimos
Como vinda da nossa própria boca.


Nuno Rocha Morais


Sem comentários:

Enviar um comentário

O ar bárbaro do mar encerra as veias E o choro dos ausentes. O vento range memórias de amarras E o sal traça o odor de epopeias marítimas. A...