terça-feira, 30 de setembro de 2014

E em cada poema, As mesmas palavras

E em cada poema,
As mesmas palavras


Eis que cada poema sai
De outro e diferente vazio
Outros felinos e ígneos olhos
Abre na sombra,
Outra sempre também a luz
Em que cada poema se entroniza.

E em cada poema, as mesmas palavras
Nascem sempre de outros sentidos,
Chegam sempre por outras áleas
Por inimagináveis rectaguardas,
Por ignoradas entradas.
Eis que cada poema brota sempre
De um novo e outro vazio,
Como se do centro de pensar

De um sempre outro poeta.





Nuno Rocha Morais




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