E em cada
poema,
As mesmas
palavras
Eis que
cada poema sai
De outro e
diferente vazio
Outros
felinos e ígneos olhos
Abre na
sombra,
Outra
sempre também a luz
E em cada
poema, as mesmas palavras
Nascem
sempre de outros sentidos,
Chegam
sempre por outras áleas
Por
inimagináveis rectaguardas,
Por
ignoradas entradas.
Eis que
cada poema brota sempre
De um novo
e outro vazio,
Como se do
centro de pensar
De um
sempre outro poeta.
Nuno Rocha Morais
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