sábado, 22 de fevereiro de 2025


Todo o sono ao fundo,

Resumido num ponto irrespirável

De longe, vem a noite

Sedimentar as suas vozes

E todo o pensamento se ateia,

Envenenado de imagens,

Deslumbrado de tristeza incógnita

Que alastra pelo meu nome

E se torna a minha idade,

A minha biografia.

Pela trama da tristeza é que eu penso,

Por aqui passam pesadas,

As pré-históricas horas,

Fossilizadas nesse passado

Em que me consumo.

Que importa o presente

De que, levemente, bebo a morte?

Ah!, e só ver os olhos dela

Seria apagar pegadas rumo ao meu fim.


Nuno Rocha Morais 

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