domingo, 18 de fevereiro de 2024

Devagar

Talvez os teus olhos tristes

Me acompanhem, me sirvam

Como fio de Ariadne,

Esses olhos em que existes

Até que eu encontre a casa

Suspensa na chuva.

Talvez os teus olhos me apontem

A casa soterrada no ar,

Porque um lugar

Encontra-se e constrói-se

Como se uma morte

Para se ficar:

Devagar.


Nuno Rocha Morais

Sem comentários:

Enviar um comentário

Outrora, quando o tempo Às vezes ainda era a coincidência Do sonho e da realidade, Acreditava-se que o homem poderia Ser fiel, mas como, Se ...