Agradecer-te por teres atravessado,
Alheia a qualquer pavor
Esta paisagem de guernicas,
Se mostravam e te acenavam,
Mas tu seguiste sempre, sempre,
Para onde lancinante era o não haver luz,
Seguiste tornando aves as nuvens já peso,
Tornando as aves já não figuras de fuga,
Mas sim gargalhadas tilintantes
E o céu, vasta leveza
E as guernicas, promessas de searas,
Fontes, filhos, frutos.
Chegaste e seguia-te uma paz,
Rutilante alento.
Nuno Rocha Morais
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