A noite cai como uma carta.
Viajo no comboio, viajo na noite,
Viajo dentro de mim, pensando-me.
O comboio galga os minutos da distância
E a natureza que, recusando-se
A ser vencida pela máquina
Corre sempre, perseguindo-se a si própria.
Paisagens de sombra e a imaginação delas sobrepõem-se.
A noite cai como uma carta
E perco-me na sua boca
Aberta e negra no horizonte.
Nuno Rocha Morais
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