Mudam sem nunca se esquecerem
Do que foram, do que serão
Do passado que voltarão a ser
Reencarnando-se em si mesmas,
Folha por folha, sem repetição,
Em cada anel somado ao tronco.
Temem tanto a primavera como o outono –
Não temem na sua tolerância tenaz,
Na sua constância consciente e desconhecida.
Agora, são um animatógrafo
De folhas, de pássaros, de ventos menores.
Mudam, mudaram, voltarão a mudar,
Sem nunca se perderem,
Inteiramente conscientes
Na morte e na vida.
Nuno Rocha Morais
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