Decides, pois, segui-lo,
Sabes que está algures à tua frente,
Mas também atrás de ti
E que caminha ao teu lado.
Tece-se quando o desteces
E cresce no movimento inverso.
Abre-lhes as portas e ele fecha-as.
Às vezes, gostarias de o matar
Ou apenas de lhe ver o rosto inteiro
A uma luz inequívoca,
Saber, afinal, quais são
Realmente os seus olhos.
Odiaste-o tanto, tantas vezes
A sua existência te pareceu imperdoável.
Esgotarão ao mesmo tempo
O círculo em que se perseguem,
E as forças. Reunir-se-ão,
Por fim, junto a um tronco
Rugosos e sem folhas.
Irão enfim falar,
Quando já nada há para dizer
Com o sol que declina.
Nuno Rocha Morais
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