E adeus de mãe, p’ra trás fica Sião.
Procuramos da vida nossa a arte:
Em cada dia cresce o coração.
Sião é mais e mais uma memória,
Paisagem que não mais será a nossa
E é por isso que a seca vida inglória
Deveio o lugar onde se remoça.
A morte, a quem dobramos a cerviz,
Só em Sião as águas matam sedes,
Só em Sião a sombra cai dos ramos.
Só em Sião o tempo foi feliz:
Presas jovens do sonho e suas redes
Velhos, é por Sião que hoje choramos.
Nuno Rocha Morais
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