Da chuva e do vento,
Como sílabas furiosas
De uma história de amor.
Cá dentro, tilinta a substância
De copos e risos e uma alegria
Quase compulsiva,
Esta vontade de inventar estrelas,
Perguntam-me por ti,
Incessantemente, em revoadas,
Perguntam-me por ti, perguntam,
Perguntam e eu não sei
E apercebo-me do súbito silêncio
Dentro de mim
Numa noite de Natal.
Nuno Rocha Morais
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