(Para o Daniel Faria)
Vieste para dizer da magnólia em nós,
Para mostrar um modo à floração delicada,
Cega, e, porém, persistente.
Vieste para iluminar os sinais
De que somos passageiros –
Degraus, botões, casulos,
O chamamento da chuva,
O passo das estações.
Vieste, breve, discreto,
Apenas o tempo necessário
Para em cada mão, em cada concha,
Deixares uma semente de magnólia.
Espera. O abrir-se de cada mão
Descerrará o céu e o mar – espera.
Nuno Rocha Morais
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