Relembro a presença da
luz.
Apago as guitarras
chorosas
Que o dia fez desaguar
em mim,
Esqueço as fendas de
viver a morte
Por onde me vou
esvaindo,
A presença cada vez
mais silêncio.
Retornei, vesti outra
vez aqueles velhos hábitos,
Habito de novo aqueles
olhos felizes.
Sem estrelas, sim, mas
com sonhos.
Regressei à minha infância
de sempre,
A infância de onde
nunca parti,
Mas que partiu de mim
(parece que isso se chama crescer)
E depois tive que
assinar cada dia
Com uma gota de sangue,
Mas agora voltei e
adormeço no teu nome:
Mãe.
Nuno Rocha Morais
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