Pelo vagaroso céu, o Inverno sobe,
Convoca todos para a câmara de um envelhecimento.
O Sol resume-se ao rubi do punho da espada do Príncipe
Feliz
E o diurno céu regressou às safiras dos seus
olhos.
O ouro do dia já não cobre o Príncipe
E, aos seus pés, uma andorinha,
Alígera felicidade,
Instinto que o amor deteve.
O Inverno avança, o ouro dos dias
Caiu nos fogos das casas,
O Príncipe empobreceu,
A andorinha morreu,
Devassada, consumida.
E só agora, dirimido na sua beleza,
Mero coração de chumbo,
Irrigado por todo o amor da andorinha,
O Príncipe é verdadeiramente feliz.
Nuno Rocha Morais
Nuno, faz hoje anos que partiste e eu lembrei-me de ti e vim aqui ler alguns dos teus poemas
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