domingo, 29 de junho de 2025

Deixo que a tua fala me toque,
Aponte onde não havia água

A fonte e me descubra

Onde eu não existia

Persiste a tua imagem

À tona das sílabas de um adeus,

Que se espaçam e endurecem.

Deixo-me arrastar para o nascimento

Irresistível para que a tua fala me convoca,

Desaguando na luz brutal

O primeiro calor demonstra no meu corpo,

O meu sangue exprime-se, delimita

A sua primeira morada dentro do amor. 


                                                Nuno Rocha Morais

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