O vento epiléptico
Faz rodopiar a noite,
Os espelhos dormem
E, de ti, nua, emerge a Primavera,
Tal como eu a quero.
Já não há sismos nos alfabetos
Nem violinos rompidos
Que a noite outrora traria.
Desperta em mim a respiração solta
Do sol sobre as praias e prados do Verão,
Dança indiana e doce da luz,
Lenta e tépida,
Tu dormes, acesa.
Nuno Rocha Morais
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